segunda-feira, 28 de setembro de 2009

História Sem Fim

Estive pensando em como pude deixar que as coisas chegassem a esse ponto.
Pergunto-me porque finjo acreditar que não me importo mais.
A gente finge que tudo foi perfeito, porque mais vale uma lembrança boa do que essas frases soltas, essa vontade de escrever sobre nós.
Mas não posso, porque é tornar muito grandioso algo que nem sei mais se sinto, se minto ou crio.
Só sei que estou aqui, escrevendo qualquer coisa para dizer que ainda não me esqueci de você.
Sempre tive aquela preocupação de usar sinais para não escrever descaradamente seu nome no texto.
Sabia que você entendia o que eu queria dizer, a raiva que por vezes tive.
Às vezes tenho textos enormes que descrevem toda a sensação que é imaginar você ao meu lado, porém nada mais parece real.
Não lembro mais do seu sorriso ou de algumas coisas que me eram importantes.
Gravei seus olhos e nunca vou saber dizer o que vi aquele dia.
A questão é que não posso mais ficar aqui descrevendo sobre sua ausência porque não fere mais só a mim, passou a ferir outra pessoa.
E seria aqui, que eu colocaria um ponto final na nossa história, que parece não ter fim.
E francamente, não acredito que tenha.

sábado, 26 de setembro de 2009

Escrevo Para Sua Ausência

Eu nunca sei por que continuo insistindo nessas manias de querer me comunicar com alguém que não fica presente, que nunca sabe como me sinto ou das situações que tomam conta dos meus pensamentos.
Ele não sabe nada, nem metade do que me faz sorrir todos os dias e mesmo assim, mesmo sabendo o quanto essa situação é inútil, escrevo pensando nele.
E isso é patético porque uma semana atrás nada me motivava mais do que um vazio e pronto, basta qualquer indício dele para que me quebrasse.
Sei que nada mais o atinge e de repente isso me faz mal, porque eu escrevo inevitavelmente para sua ausência, acredite, isso é frustrante.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Lamento



Ficamos com aquela vontade louca de dizer o quanto faz falta, o quanto é importante.
Não dissemos antes e agora já é tarde. E sentimos toda a culpa de não ter se importado.
A morte mexe muito conosco, ela encerra todos os nossos sonhos, conquistas, brigas... A morte simplesmente te faz repensar com quem quer viver, onde quer morar e quem amar.
Não tenho muito tempo no momento para escrever, mas coloco aqui nessas linhas o que mais atravessa a minha mente nesse silêncio.
Preciso de você aqui, preciso de você que sempre esteve disposto a me entender.
Sinto muito se confundi sua vida, mas isso não é um pedido, é um lamento, uma dor, apenas pensamento.
A morte chega de repente e não está interessada se você está ou não no emprego ideal, com a pessoa certa, com os amigos verdadeiros, ela vem e só isso.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

A Senhora Receio

Sinto-me só em ocasiões assim, não gosto da cor dessas paredes, do modo que as coisas ficam, de quando tenho que arrumar esses objetos que nada me identificam.
Não gosto dessa falsa força que brota dentro de mim, sempre ali presente, sempre de pé.
Porque dá medo dessa vida, de errar, de não saber o que fazer no próximo ano.
Então quando estou sozinha me fecho, porque não quero discutir, nada me interessa, nem as vontades ocultas.
Sempre fui um tanto fechada quanto a nós dois, nunca revelei o que me preocupava de verdade.
Nunca deixei ninguém entender essa minha tristeza e quando tentei me arrependi, porque jamais entenderia, sei que fui muito covarde para arriscar.
Mas ela se sente impotente demais, ela chora por não suportar o cotidiano.
Tem essa loucura de amar prevendo o fim, desconfiando de tudo e por isso nunca foi inteira.
Não está doendo se dessecar assim, mas ela diz até que ponto pode chegar nessa procura cega.
No momento nos sentimos ocas, pode até não ter sido proposital e parece um plano arquitetado para que me lembre.
A figura de nós dois existiu apenas algumas vezes, quando ela permitiu, a senhora receio no fundo sempre foi você.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Mesmo Que Doa

Eu leio alguns textos que me prendem diariamente, até sugar minhas idéias e após isso, mudo.
Porque tento sempre preencher todo esse vazio com algo.
Não sei se faço isso apenas por teimosia, para tentar acreditar que pode haver volta ou esquecimento.
Sei bem os caminhos que devo seguir, os passos que evitam você. As pessoas com quem converso sabem disso, mas elas também o fazem.
Ninguém gosta do grande nada que fica nossa vida depois que alguém a deixa, preferimos assim, mesmo que doa.
Uma dor intensa me invade por não poder dizer realmente o que penso, faço isso pelo convívio social e amor próprio.

domingo, 20 de setembro de 2009

Acho Que Acabou


Não sei mais se quero você e isso não importa muito, porque é algo que vivo sozinha.
E foi ao mesmo tempo estranho e merecido, bem aquele papo de que o mundo dá voltas. Girei sozinha.
Quis muito te ver dias seguidos, quando fiquei mal, feliz, solitária, tinha tanta coisa para falar.
Mas agora... Não sei mais, confusa, egocêntrica e passa como passou.
Só que eu não sei mais se suas palavras me ferem, se seu olhar me prende, não sei.
Porque você deixou de ser real pra ser um personagem, sabe, o encanto acabou.
Porque eu cansei, porque não existe, não faz falta.
Acho que é isso, não preciso mais.

sábado, 19 de setembro de 2009

Não Dá Mais, Não Assim

Escrever pode ser revelador, por mais que tente esconder algumas coisas, acabamos nos traindo e deixando que o texto revele mais do que propusemos no início.
Eu também tenho medo de expor demais o que sinto através das palavras que nunca soaram enganosas, apenas revelaram sentimentos.
Tenho medo de nunca mais parar de sentir isso, que frequentemente vem me prejudicando muito, porque a ausência causa saudade, e a saudade me revela um vazio imenso, e este por sua vez me mostra a tristeza.
Também carrego uma angústia enorme de me enganar muitas vezes, de escolher sempre errado.
Nunca existiu indiferença e nem quero que ela chegue. É carinho... Admiração!
Eu também me controlo, porque não dá mais, não assim.

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Ciclo Vicioso

Você tem o poder de me fazer querer enxergar a pessoa do jeito que ela deve ser.
Não sei se me entende, mas do jeito que eu sempre quis.
Acho que tentou me entender e no fim voltou para me ver quietinha no meu canto.
Você sempre soube, desde o dia que nos conhecemos, desde o dia que conheceu meu outro lado.
Sempre soube que eu iria quebrar a cara e agora sabe mais do que nunca que isso é um ciclo vicioso.
Machuca porque de todos que encontrei, nós tínhamos aquele ponto onde nos tornávamos diferentes de todos os casais.
Era algo impossível e ao mesmo tempo evidente de dar certo.
Eu sou uma contradição... Nós fomos algo novo e no fim sempre acabo assim: sentada, com um café, uma lembrança bonitinha, um céu estrelado e a saudade em algum canto do mundo.
Sou forte na medida em que posso, às vezes o suficiente para sufocar o que sinto.
Porque não nasci para acreditar nas verdades alheias e nem me iludo com as quais invento.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Meio Termo


Pensei o dia inteiro em chegar a casa e escrever algum texto sobre a felicidade.
Mas definitivamente nós vivemos apanhando da vida e agora só penso em falar sobre algo que já vem se tornando monótono.
Todo aquele papinho enjoativo de quem não anda para frente, mas que é inevitável.
É verdade, nós gostamos de um bom drama, de ouvir uma música no rádio e ficar mastigando aquele passado. Gostamos de uns bons tapas no coração.
Chegamos no xis da questão, nós não nos conformamos com o modo como dirigimos nossas vidas.
Quero mudar... Então que eu esqueça ou tenha.
Porque não posso mais ficar nesse meio termo que me esmaga!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Como Essa Noite

Quero que você viva o sentimento que tive ao ouvir aquela música.
A saudade que vem e volta, só para mostrar quem manda em mim.
Quis muito acabar com tudo, com os pensamentos errôneos, com as atitudes precipitadas e com as conversas inúteis.
Irônico era saber que não fui só eu dentre os ritmos que se perdeu em você.
Por todos esses motivos, por querer ter e não poder, por ter vontade de falar várias coisas... Mas seria repetitivo demais.
Realmente desejo que você sinta essa falta permanente, procurar outro alguém em qualquer pessoa, achar que todo mundo é uma possibilidade, um local de consolo.
Sendo muito egoísta, mas cansei de carregar isso sozinha, de entender tanta coisa em um tempo curto.
Isso me abala tanto que deixei de querer seu bem, de pensar no que anda fazendo, de tentar me comunicar.
Mesmo assim sempre me traio, como agora, como essa noite.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Seu Cheiro

Eu pude sentir seu cheiro novamente, ele estava perdido em algumas roupas minhas.
Aquelas que a gente não usa porque o verão chegou e deixa guardada no armário com o último cheiro, que era o seu.
Você voltou novamente as minhas lembranças e me fez dar um sorriso bobo em meio aquelas blusas.
Fiquei rindo quase a tarde inteira e achei estranho o modo como as pessoas saem de nossas vidas.
Você foi uma espécie de abandono, aos poucos paramos de nos falar, não respondia minhas mensagens e mudamos nosso itinerário.
Não me esperava mais, não me via mais... E eu, nunca soube ao certo o porquê.
Então você realmente sumiu, era não ter com quem contar nos dias frios, não ter com quem rir quando ficávamos sentados na estação.
Só naquele momento fui perceber que queria usar aquelas blusas, para ver se o cheiro voltava... E quem sabe eu não podia por engano, ligar para você.

domingo, 13 de setembro de 2009

Por Hoje Me Deixe Quieta

Esses dias fiquei mentalizando você.
Só senti de uma forma diferente e pude observar de vários ângulos toda a situação.
Senti de uma forma devastadora a sua falta, toda a ausência que provoca em minha vida neste momento.
Todos os meus meios sorrisos, meus meio amores, porque nada vem se tornando inteiro.
Talvez você tenha sido o famoso príncipe, que chegou dançando, falando das estrelas e me achou incrível.
Quando estou sozinha me perco nas lembranças, paro nos meus erros, avalio mil saídas, mas me escondo.
Prefiro não mexer no que não há volta.
Não nasci para viver imaginando o que teria sido... Algo morno, médio, em cima do muro.
Nasci para arriscar, ir atrás do que acredito e arcar com as conseqüências mais tarde.
Também não teria medo de me arriscar agora por você, só que hoje passei a ver que quando algo não é recíproco não vale a pena.
Eu pulo fora, porque ninguém merece sofrer tanto por alguém que não se importa, ficar pensando nela se não tem volta.
Sempre canso disso, sempre canso dessa busca sem recompensa, dessa solidão.
Mas por ser uma contradição essa vida, penso que se surgisse algo novo eu me jogaria.
Querendo ou não você ainda é muito para mim.
Quando tudo acaba, percebemos de um jeito bem dolorido, que no fim nos sentimos mesmo idiotas por tudo o que se fez e falou.
Não que fosse mudar o mundo, mas continuamos sobre o efeito do choque e da dor.
Amanhã pode passar, ou talvez não, mas por hoje me deixe quieta.

sábado, 12 de setembro de 2009

Indo e Vindo: Entre o Céu e o Inferno

Não dói mais porque sua ausência já virou rotina, ficou comum demais, nada novo, nenhuma discussão nova.
Acho que foi isso que me fez acordar. Não há futuro para se discutir.
E não há motivos para ficar aqui no mesmo local, enfurnada nas mesmas esperanças.
Mas sempre se insiste um pouco, mesmo lendo... Ouvindo e escrevendo que alguém novo vai aparecer.
Que será para ele que irei inventar todas as rimas, desesperos e alegrias da minha alma.
Porém continuo presa no velho amor, porque ele ainda tem cheiro de conforto e consolo.
E dá uma preguiça enorme recomeçar tudo outra vez.
Construir todos os encantos, quebrar um por um até que se forme um casal.
Só que existem milhares de caminhos que nunca imaginei e verei que a pessoa nova já apareceu, já nos faz dedicar textos para ela e não mais a qualquer fantasma do passado.
Não pode ser normal viver assim, indo e vindo entre o céu e o inferno.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Como Sempre Marco

Estou acordada com os olhos ardendo de sono pensando na vida.
Tentei ler... Mas não consegui.
Só estou pensando em muita coisa e isso definitivamente não é o melhor modo de iniciar qualquer leitura.
Me sinto muito sozinha, sei que a culpa é toda minha, mas ainda estou pensando em tudo que você falou.
Odeio o fato de alguém que conviveu pouco tempo comigo perceber coisas que ninguém tinha notado.
Porque quando penso em desabafar com alguém é com você, e eu já estou tão acostumada com isso, que as nossas conversas já são partes da minha rotina.
Mas no fim eu sempre acho que a pior parte vai ser quando a indiferença quanto ao meu nome te atingir.
Aí vou odiar o modo que eu sempre marco as pessoas.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

O que a gente quer é muito relativo...
No momento eu quero ficar perto de quem tem coragem para me amar e entender, porque todo dia algo nos modifica e é preciso paciência.

domingo, 6 de setembro de 2009

Personagem Passageiro

Depois daquele dia percebi que no fim ou bem no fundo, você não é ninguém, ninguém interessante.
Mas justamente por eu querer me convencer disso ou porque realmente deveria esquecer tudo, que desde todos os meus dias felizes, cheios de mim, você ainda vem me perturbar com aquele seu jeito que misturado com as músicas românticas me deprimem.
A verdade é simples, quero você mas não compartilhamos o mesmo desejo e eu sigo encenando por aí.
Porque talvez sendo outra pessoa, eu possa arranjar um outro amor, nem que seja um personagem passageiro.

Uma Lembrança... Ou Nem Isso

Hoje não fiz nada importante, não que eu não pudesse ou que eu não quisesse, mas simplesmente não consegui.
Senti vontade de te ligar, me deu vontade de te ver, só para saber como você está bem sem mim.
Na verdade não era bem essa intenção, nem o que eu queria encontrar no seu rosto, mas aparenta ser a mais provável.
Hoje estava quietinha no meu canto e quando fico assim, me perco tanto nas lembranças, que me deixo levar pelo simples desejo que tenho.
Não me assustei, nem sorri, apenas observei e por mais que eu tente evitar, eu só queria estar contigo.
Não sei se era a chuva ou se era porque me arrumei do jeito que eu sempre fazia quando nos encontrávamos, mas tudo hoje me fez lembrar você.
Triste assim, simples assim, agora não passo de uma boa lembrança na sua vida... Ou nem isso.

sábado, 5 de setembro de 2009

Doce Vício

A liberdade deixou de longe, de ser tudo aquilo que eu desejo.
O que eu sempre quis, sempre prezei, sempre mantive.
Não sei se o que eu vejo quando fecho os olhos são apenas sonhos, ou se é outra vida esquecida, guardada pra depois.
Às vezes quero fechar os olhos o dia inteiro, porque tenho sentido uma saudade estranha, aquela que mais me perturba com o passar das horas.
Saudade do desconhecido, do não vivido, do amor nunca encontrado.
Não sei explicar de onde vem essa vontade louca de romance, de aventura, de explorar e conhecer alguém.
Esse sentimento inexplicável pesa tanto em minha alma, que chega a ser insuportável sua presença.
Talvez por isso que eu escreva tanto, para me aproximar do desconhecido, para amenizar a dor de todas as vidas que morrem a cada minuto quando me recuso a vivê-las.
Chego a amar esse sentimento e por vezes, acredito que nasci com essa sensação. Penso que todo escritor nasce com esse sentimento de “falta” o que faz buscar nas palavras o resgate para esse vazio.
Ele não acaba com o que origina na alma, ele só aumenta, porque na verdade escrever não é só prazer e arte, é um vício.

Dependia Tanto De Você

Sabia que não seria fácil largar tantos abraços e risos, como nunca foi fácil saber que isso aconteceria mais cedo ou mais tarde, seguindo a ordem cronológica das coisas.
Mas sempre tínhamos a sensação que seria para sempre, daqui a muito tempo.
Todo mundo sabe que um dia vai morrer, embora não esperamos que seja agora ou daqui a dois dias, mas sempre para frente, sempre para depois.
O último abraço poderia ter sido ontem, como poderia ser daqui a duas semanas, dependia tanto de você.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Quando os Meus Olhos Encontrarem os Seus

Ando cansada das coisas do trabalho e da faculdade.
Você era o alívio para a minha rotina, mas não só isso era o meu momento feliz. Quando o mundo estava desabando era só olhar pra você e tudo melhorava.
Ultimamente tenho sentido medo, medo do que possa acontecer quando os meus olhos encontrarem os seus. Medo de esquecer os motivos que me fizeram desistir e evitar esse momento.
É que no fundo o que eu mais queria era que o frio na barriga viesse e todos os meus medos estivessem à flor da pele.
Poder sentir sua respiração perto da minha... Saber enfim que aconteceu, que amar você nunca foi em vão.
E que tudo o que eu fiz, valeu a pena.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

Não Há Descaso

Hoje depois da aula, teve aquela cena patética.
Ler e reler várias vezes aquela mensagem no celular, como se de repente ela mostrasse qualquer resquício de sentimento, dizer entrelinhas algo oculto, qualquer coisa que mostrasse o quanto tudo ainda podia dar certo.
É aquele falso desprezo, aquela importância enorme que damos aos retalhos, tentanto em vão juntar todos.
É essa busca que completa todos os meus dias e não importa o quanto tente, não há descaso para algo assim, não há descaso para o amor.