segunda-feira, 9 de novembro de 2009

O Sonho

Fervendo por dentro e por fora
Deitada naquela correnteza
A água que chove e chora
Não esfria o calor sobre a mesa

Abraçada ao seu corpo permaneço
Agonizando de tanto querer
Me entrego seja onde for
Em busca do nosso prazer

Os afagos se multiplicam
Se encontrando com a respiração
Entre pernas e braços aflitos
Mais forte bate o meu coração

Naquele momento constante
Onde parece o mundo ter fim
Selvagem lutando às brasas
Eu sinto saudade de mim

Aos gritos insisto em ficar
Queimando à meia luz
Me afogo no profundo mar
Enquanto você me seduz

Nas loucuras daquele ardor
Breve me deleitei
No súbito bater da janela
Foi então que acordei

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Fiz de propósito, fui deixando que qualquer coisa morresse, que os vínculos acabassem, porque ainda machucava muito.
E sabe, eu estava tão bem... Mas agora, me bateu uma saudade imensa.
No momento, só preciso de alguém paciente o suficiente para me entender.
Não é justo, havia tanto tempo que eu não pensava em você.

domingo, 1 de novembro de 2009

Escrever


Brota em mim um desejo enorme de cantar esses poemas e embalar com cuidado esses textos, são pedaços de vida, minutos de sopros solitários, eles são uma existência independente, apenas existem, apenas surgem modificando histórias e sentimentos.
São frágeis símbolos, que podem ou não ser apagados, guardados, escondidos.
São símbolos que geram sussurros, amores, magia, que geram o ar que respiro.
Nunca tinha notado essa dependência que tenho das palavras e a necessidade que as busco, talvez porque eu estivesse com a cabeça cheia demais de coisas que não me pertencem ou alegram.
E mais uma vez elas conseguiram e eu pela primeira vez entendi.
Não posso, não quero e nem tenho meios de fugir disso... Escrever.