sábado, 30 de maio de 2009

O Quanto Poderíamos Nos Doar

Pela manhã lembrei que costumava acordar e ver o celular só para saber se você havia ligado.
Hoje em dia nem me dou ao trabalho de desligar o despertador direito.
Senti aquela saudadezinha que vem e vai quando quer.
Não, eu não chorei e nem implorei aos céus que voltássemos, apenas segui para cozinha.
Enfim não posso ficar morrendo pelos cantos toda vez que me lembro de nós.
Claro a culpa não é sua, é minha que durante esses dias tenho achado tudo muito mágico.
Uma onda de motivação vem contaminando o ar e no fim percebemos que tudo dependia do nosso esforço.
E que todos os amores dependiam do quanto poderíamos nos doar.

domingo, 17 de maio de 2009

Se Eu Soubesse

Se eu soubesse que seria a última vez, com certeza meu abraço seria mais forte e demorado, meus olhares mais sinceros e diria tudo.
Pediria desculpas por persistir no erro e depois voltar pedindo colo, por ser esse misto de confusão.
E você foi um auxílio no meio de todo esse conflito.
Também diria que nunca quis te envolver nessa história e mesmo depois dela não te deixei em paz.
Mas agora, olhando para trás vejo que foi necessário.
A saudade, quando eu virei para te olhar pela última vez mesmo que não imaginasse.
Os risos, a ausência de segredos, as confidências, a cumplicidade após o fim.
Sempre se aprende algo, nenhum erro é desperdício como dizem por aí, é por esse motivo que sorrio agora.
Porque parei de me culpar pelos sentimentos mortos e passei a viver, mesmo que seja meio vazia, sozinha e um pouco dramática demais.
Mas é verdade, se eu soubesse que seria a última vez... Não entraria na estação.

sábado, 16 de maio de 2009

Aqueles Olhos Vazios

Aquele seus olhares vazios me incomodavam e me faziam achar que estava no lugar errado.
Tive medo de gostar ainda mais de você, de me precipitar, de ser deixada, tive tantos receios.
Nunca entendo porque permaneci com alguém que me deixou tão insegura.
Era como se eu não pudesse mais governar nada... Então ficava te olhando, observando seu sorriso, seu jeito, e de repente você era meu por segundos.
Ficar contigo parecia loucura, mas de um modo assustador eu insisti.
Insisti em você e sinceramente espero que entenda o que isso significa, do mesmo modo que me perturba.

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Eu e eu

Se você olhar para o céu agora, irá ver o mesmo céu de quando nos conhecemos.
Lembro-me que queríamos uma noite rodeada de brilho, estrelas, mas apareceram poucas, encobertas por aquela neblina.
Brinquei que poderia chover e acabar com meu penteado e então ficamos esperando. Não choveu.
Nunca entendi porque nossa relação sempre pareceu ser bem mais do que foi, uma semana parecia um mês, e tinha a sensação que te conhecia há séculos.
Sempre fomos algo desconhecido, sem nome.
Eu sabia desde o início que de alguma forma seria eu a estragar tudo, a me arrepender, a escrever, a ter saudades absurdas, mas sou impulsiva demais e previsível.
Você assistiu tudo, viu nosso relacionamento acabar, eu te deixar, viu também eu querer voltar, e leu, leu tudo que escrevi.
Há dias me controlo para não vir aqui e dizer qualquer coisa sobre nós, qualquer coisa, eu e essa mania de achar que posso mudar tudo.
Mas não sei o que me fez falar tudo isso, porque nunca soube formular direito meus sentimentos e agora sei de uma maneira dolorosa.
Eu sinto sua falta e não carrego mais nenhuma esperança com respeito ao casal de agosto.
No nosso último encontro eu te abracei muito forte e me recordo que pensei no momento em que te sentia "o melhor abraço do mundo".
Mesmo que não compreenda, parece que meu corpo pressentia, mas minha mente não acompanhava.
Era um abraço de despedida, de quem tenta mostrar o que é o certo e o lado bom da vida.
Estou conseguindo me afastar dessas lembranças, só que às vezes, me deixo levar e fico pensando em como era bom... Como agora, que estou prestes a sair de casa às pressas.
Me pego aqui escrevendo, sobre nós... Nós... Essa palavra agora soa solitária para mim. Eu e eu!

quarta-feira, 13 de maio de 2009

A Realidade Machuca Quem Vive de Sonhos



Experimentei a sensação do descaso, e acho que pela primeira vez entendi o que significa ter muita saudade e aquele famoso aperto no peito...
Mentira, não foi a primeira vez, mas sem dúvida foi a mais dolorida.
Me senti tão fraca diante da situação que queria berrar muita coisa, mas não consegui e não tinha direito.
Então só fiquei no meu canto, tentando evitar qualquer que seja a mínima esperança.
Consegui, não houve esperança, como não houve sorrisos e nem desejos, fiquei recolhida na minha posição de fera ferida, de vilã em fim de novela, impotente.
Eu via cada lágrima tirar a vaidade, vi os dedos vacilantes teclando as vagas palavras, carregadas de intensos sentimentos.
Vi também a garota desesperada que pela primeira vez quis que o tempo fosse tão rápido que aquela conversa acabasse, porque ela não enxergava nada recíproco, porque todo o sentimento vinha dela, era ela, nada era compartilhado.
Era ser sozinha de verdade, ficar com medo de dar meia volta.
Qualquer pessoa se torna consolo, qualquer lugar serve para escrever.
No fim se evita a todo custo um reencontro, porque se a expectativa vir apenas de um lado vai doer mais do que a música, texto, saudade e choro.
Vai doer mais porque nada vai ser tão real como isso e a realidade machuca muito alguém que vive de sonhos.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Lembro que quando te conheci não conseguia dormir ou parar de rir e esse efeito parece não passar e não quero que passe, acabe ou simplesmente morra. Quero você comigo porque já não sei mais imaginar nada sem você, até minha letra tem caminhado mais feliz pela sua existência.

domingo, 3 de maio de 2009

Boa Vontade

Quando olho no espelho vejo a mesma face,
A mesma que me acompanha há anos;
Se eu paro para pensar na minha vida,
Vejo que tudo mudou, eu mudei;
Não preciso que acreditem, o eu saber basta,
O mundo gira gigantemente no mesmo compasso
E neste caminho, percorro entre o certo e o errado;
Não quero saber do futuro...
Me deixem escrevê-lo com a mesma doçura de sempre,
Quem vier na minha carona verá,
Que a melhor coisa é ganhar um abraço sincero,
De quem não se vê a muito;
E saber que por mais distância que ganhe,
O que nasceu permanece, se regado com ares de boa vontade.